sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Momento fora do país... [2]

Nos últimos meses, estão em alta na mídia dicussões sobre a crise financeira norte-americana que terminou por afetar as bolsas de valores de todo o mundo. Oscilações em tais instituições, bem como na moeda americana (o dólar), são acompanhadas com receio. E o desaquecimento econômico da nação de maior PIB do mundo torna-se tão evidente quanto o medo que tal fato causa a diversos países.
A repercussão da crise sobre o Brasil ainda divide os economistas. Uns apontam o país como desprotegido externamente, graças a sua dependência do crédito e incapacidade de levar adiante um desenvolvimento "auto-sustentável". Outros alegam que o acúmulo de reservas cambiais (quantidade de dólares que um país tem, a fim de ter como saldar compromissos no exterior) e a inflação controlada diminuiriam os efeitos negativos. Assim também, dependendo do ponto de vista, a baixa do dólar traz conseqüências positivas ou negativas para o Brasil.
O que vocês acham?
OBS: Para entender o início desse desarranjo na economia mundial...
[Trechos de uma reportagem da Globo.com - 26/07/2007]
O abalo nas bolsas de valores de todo o mundo tem origem no mercado imobiliário dos EUA: os americanos estão atrasando ou deixando de pagar a hipoteca da casa própria.
O problema é especialmente grave no grupo "subprime", reservado para os clientes que são considerados "propensos à inadimplência" por não terem renda comprovada ou por comprometerem grande parte dela com as prestações. Por isso, esses clientes pagam juros mais altos, que podem chegar a 12% .
Nas últimas décadas, a classe média norte-americana hipotecou em massa seus imóveis. Como funciona: empresas especializadas dão empréstimos e tomam as casas como garantia.
Houve não só um movimento de hipoteca, mas também de refinanciamento dos imóveis. Como os juros estavam baixos nos EUA, muita gente trocou de financiamento, recebendo dinheiro na troca.
O problema, segundo especialistas, é que esse "troco" não foi investido de volta nas residências, mas usado para comprar bens não-duráveis no mercado de consumo ou para saldar dívidas. Ou seja: muita gente refinanciou o imóvel para pagar o cartão de crédito.
Por isso, o aumento da inadimplência - que já gira em torno de 5% nos financiamentos imobiliários dos EUA - deve gerar o fechamento da torneira dos empréstimos no país.
E é justamente aí que mora o perigo: sem casa, poupança ou acesso a crédito, as famílias americanas podem deixar de comprar, afetando a economia local e também a do resto do mundo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Momento fora do País...

Você soube que 2.5 milhões de pessoas tiveram que se retirar de suas casas em Darfur, Sudão?

Cada dia, essas pessoas enfrentam as ameaças que são tão duras que fica difícil até de imaginar. Essas pessoas vivem em campos de refugiados de péssimas condições, sem falar do medo constante da violência. Já que esta região se encontra em uma séria crise humana, o genocídio. Mas porque isto?

As hostilidades se iniciaram na região árida e pobre em meados de 2003, depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum. Em conseqüência disto, o governo formou uma campanha de repressão na região na tentativa deliberada de expulsar a população negra africana de Darfur. Também há o conflito religioso onde os Janjaweed, milícia árabe de religião muçulmana, tenta destruir os povos não-muçulmanos. Apesar do governo não admitir, essas milícias são patrocinadas pelo governo. Aqueles que conseguiram escapar da violência, agora estão vivendo em campos de refugiados espalhados por Darfur. Esses campos dependem das doações internacionais de medicamentos e alimentos, mas recentemente o presidente da Sudão proibiu a entrada de tropas da paz da ONU no país com a desculpa que o Sudão irá perder sua soberania com tanta intervenção.

Enquanto isto, milhares de sudaneses não podem fazer nada em relação a esta situação já que estão ocupados demais morrendo. Admitindo o genocídio nesta região, significa AGIR! Por isso que a omissão deste problema é tão grande! Quem já ouviu em falar sobre Darfur nos jornais??? Cabe a nós informar a todos as atrocidades que acontece no Sudão e assim exigir uma resolução.

Faça sua parte! Só porque este problema acontece em outro continente, não quer dizer que aqueles pobres coitados não precisem de um pouco de atenção!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Esta semana estava andando pelo centro da cidade quando um rapaz me entregou um papel. Ao ler, vi que dizia respeito ao aumento da passagem de ônibus em nosso estado, estava assinado pela UESPE (União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco); Ares ( Associação Recifense dos Estudantes Secundaristas); Ueso (União dos Estudantes Secundarista de Olinda); DA's de Engenharia Civil da UFPE e História da UFRPE e UJR (União da Juventude Rebelião).
Achei bastante interessante o tal do papel, então resolvi reproduzi-lo aqui para ficar aberto um debate.


"AUMENTO DE PASSAGEM É ROUBO - Governo do estado, Prefeituras e empresários querem aumentar a passagem de ônibus
Apesar dos dois últimos aumentos de passagem de ônibus serem questionados na justiça, o Governo do estado (PSB) junto com as Prefeituras de Olinda (PCdoB), Recife(PT) e demais da região metropolitana, se reúnem hoje com os empresários do transporte no Centro de Convenções para decidir o tamanho da facada no bolso dos trabahadores e estudantes de Pernambuco com um novo aumento nas tarifas de transporte.
O governador Eduardo Campos (PSB) - que durante sua campanha eleitoral anunciou redução das passagens - e as prefeituras que se dizem populares, arquitetaram esse aumento pensando nas gordas doações de campanha dos empresários do transporte para seus candidatos nas eleições 2008.
Dilson Peixoto (PT), presidente da EMTU e candidato que recebeu doações dos donos de empresas de ônibus nas eleições 2006, ao ver se aproximar as eleições municipais diz ser inevitável o aumento e calcula o novo reajuste em 8,04%, o que representa R$0,13 no anel A e R$0,20 no anel B. Ao fim do mês, um trabalhado que pega dois ônibus de segunda a sexta para ir ao serviço ou para procurar emprego vai gastar R$86,50 no anel A e R$132,25 no anel B. Para cada filho que precise ir de ônibus para a escola deverá gastar mais de R$42,75 no anel A e se for no anel B R$66,32! Ao fim do mês, um trabalhador que tem dois filhos deverá gastar R$172,00 somente com passagem de ônibus.
Mas, apesar da generosidade do Governo do estado e da EMTU, os ricaços donos de ônibus ainda querem mais, se depender deles o aumento pode ser ainda maior. Segundo os empresários, o aumento deveria ser de 28,13%, saltando o anel A para R$2,05!
A EMTU e os empresários convocam o conselho de transporte nas férias escolares numa clara tentativa de impedir as mobilizações estudantis como as de 2005. Por isso convocamos a população da Região Metropolitana e os estudantes a não aceitar mais esse abuso dos empresários nem a traição das promessas de campanha do governador do estado. Nenhum centavo de aumento!"
Pelo visto as promessas de campanha continuam não sendo cumpridas...Olhos Abertos ;)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Política de Ano Novo

O começo de um novo ano sempre nos leva a reflexões... Uns fazem análises das experiências vividas, outros fazem as famosas “listinhas de resoluções de ano novo”. Tudo isso vem da nossa grande capacidade de aprender com o passado e sonhar com o futuro. Combinadas, elas nos permitem conhecer mais a nós mesmos, crescer e viver melhor o presente.

Mas além de nossas aspirações pessoais, é preciso olhar ao nosso redor, perceber onde estamos e o que está acontecendo nesse início de ano...

Em nosso estado, apesar das péssimas condições de saúde e educação públicas (combatidas pelo movimento), projetos como a refinaria, o estaleiro de Suape, o Hospital Metropolitano Norte ou Miguel Arraes (novo hospital público prometido para 2008) e as obras na barragem de Pirapama surgem como esperanças de um ano mais acertado do que o que passou.

No âmbito nacional, entramos em 2008 com grande otimismo na economia – cujo índice de crescimento está em torno de 5%. A estabilidade dos preços (baixa inflação), o aumento nas exportações de bens de consumo e de capital (desenvolvimento de importantes segmentos industriais), créditos facilitados e convenientes à situação financeira de cada pessoa (política monetária mais racional), vários acontecimentos dão um novo horizonte ao Brasil.

No entanto, é de comum acordo que ainda há diversas melhoras sociais por fazer. Pouco adiantará para a grande maioria da população viver num país de sucesso econômico, se a renda continuar concentrada, o povo continuar calado e as autoridades não estiverem dispostas a garantir dignidade a todos.

Aproveitando a oportunidade, é bom lembrar que este é ano de eleições municipais. Portanto, aqueles que forem dar atenção às propostas dos candidatos e à análise dos mesmos em cima da hora correm o risco de serem enganados pelo “surto de bondade” que tantas vezes acomete nossos políticos em tal época. Então, vamos começar a nos informar desde já! O voto, como todos sabem, é o instrumento de governo de que o povo dispõe, através dele é que temos voz. Vamos tratá-lo com responsabilidade.