sábado, 21 de fevereiro de 2009

Algumas reflexões

Nesses últimos dias, apesar do turbilhão das primeiras aulas da faculdade, tenho reservado um tempo para conversar com meus botões. Sempre solícitos, ouvem com atenção minhas reflexões, meus questionamentos.

A última conversa nossa se deu depois de eu ter lido numa revista uma reportagem sobre o castelo com traços medievais do deputado federal sir Edmar Moreira (DEM-MG), avaliado em 20 milhões de reais. Com 36 quartos-suítes, acidentalmente o patrimônio não havia sido declarado no imposto de renda. A vida desse parlamentar é no mínimo intrigante. No período do escândalo do mensalão, ele era vice-presidente da câmara e corregedor ao mesmo tempo. Fica a pergunta: como vice-presidente, ele deve satisfazer aos deputados, mas, como corregedor, ele deve denunciar irregularidades dos colegas: como uma pessoa pode conciliar esses dois encargos? Estão no seu histórico ainda votos de absolvição para colegas parlamentares envolvidos no mensalão, no melhor esquema "calem-se que me calo". Além disso, sir Edmar tem utilizado toda (100% mesmo) a sua verba indenizatória em serviços de segurança do seu patrimônio. Ressalto que essa verba deveria ser gasta em despesas com viagens, com transporte e com alimentação. Esse deputado também responde processo por simplesmente absorver o INSS e o FGTS de seus empregados.

Desolados, meus botões encolheram os ombros e soltaram um longo suspiro, mas já estavam listos a me ouvir de novo. Contei-lhes então do recente caso empreendido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça, uma espécie de corregedoria do judiciário) envolvendo os altos magistrados do Tribunal de Justiça do Maranhão. Os dados da investigação são estarrecedores. Apenas 10% dos funcionários fizeram algum tipo de concurso público. Todo o resto vem do nepotismo, o que nos permite dizer que esse TJ é uma verdadeira grande família. E ainda, a quantidade de funcionários é tão grande que simplesmente não há espaço físico pra tanta gente. Qual foi a genial solução? Diminuir a jornada de trabalho, de oito horas diárias para quatro horas, com cada pessoa trabalhando apenas três dias dos cinco úteis. No relatório sobre esse tribunal consta ainda o deslocamento de 144 policiais militares que saíram das ruas para fazer a guarda das residências de alguns meritíssimos juízes e promotores.

É, tudo isso acontecendo bem debaixo do nosso nariz, a um palmo dos nossos olhos. O Estado, que por bem deveria nos trazer o bem, tem-nos sugado vorazmente as riquezas, os valores. Daí surge o principal questionamento nosso: até que ponto a presença do Estado é sustentável? Acho que entendo o ideal anarquista no tocante a esse ponto. É definitivamente frustrante o nariz de palhaço que nos é imposto. Mas nutro muita simpatia por nosso grupo, e tenho muita esperança nele. Acho que podemos nos desvencilhar dessas correntes que sempre nos puxaram os pés, que sempre nos acorrentaram as mãos e nos amordaçaram a boca. Afinal, temos a chave pra isso.

Felipe Duque

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ONU: O faz de conta.

Era uma vez... Uma organização chamada Nações Unidas criada em 1945, logo após a II Guerra Mundial. A ONU tinha como objetivo principal de manter a paz, a segurança internacional e desenvolver cooperação entre os países, na busca de soluções dos problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários... É uma pena que essa historinha só ficou no papel.
Conflitos e mais conflitos surgiram após sua criação e acabaram sem soluções reais. E em 1994, a ONU mostra ao mundo sua incompetência diante do genocídio em Ruanda, quase 1 milhão de pessoas foram assassinadas em menos de 4 meses. Mortes que poderiam ser evitadas se o papel da ONU fosse real.
Mas o que torna essa organização um faz de conta? Na verdade, a ONU é bem real, mas somente para algumas situações, principalmente aquelas que envolvem interesse dos EUA (Não é à toa, que a sede da ONU fica em território americano).
Em países como os da África, onde se há pouco em que o governo americano possa explorar. Esses são privados dos serviços da ONU ou tem uma mísera ajuda. E assim, populações são deixadas a mercê de constantes guerras civis, a fome e a miséria.
Depois de 15 anos do episódio de Ruanda, a ONU “venda seus olhos” para novos conflitos como o genocídio silencioso de Darfur. A ajuda proporcionada pelos ‘soldados azuis’ ( soldados da ONU) é insuficiente para proteger a população, mas é numero bastante para impor a atuação dos EUA no Sudão, já que o território é riquíssimo em petróleo.
Com um histórico de 65 anos de atuação da ONU, marcado por tantos fracassos, será possível criar esperança por um final feliz para esse faz de conta?


Dicas: Se vocês quiserem se informar mais sobre o horror que aconteceu em Ruanda e a falta de ação da ONU, vejam o documentário: Os fantasmas de Ruanda( The Ghosts of Rwanda) Não é um documentario facil de locar, então sugiro baixa-lo.
E filme tem o 'Hotel Ruanda', um filme muito bom que conta a história verídica e emocionante que se deu durante o genocido em Ruanda.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Fórum Social Mundial

Olá a Tod@s,
Conforme combinado na última reunião, o encontro de amanhã será ministrado por mim. E para que todos possam ter uma noção prévia do tema a ser tradado, segue o link do FSM. Neste site, vocês poderão encontrar diversas informações sobre o Fórum.
http://www.fsm2009amazonia.org.br/o-que-e-o-fsm
Abraços e Beijos.