quinta-feira, 18 de junho de 2009

foi mal eu apertei em publicar sem querer (2) deu nem pra editar : /
continuação ..


enfim, não deveria-se se sentir tão só, e impotente diante dos governos, eles existem para NOS servir, assim deveria ser: ?, é quando eu me pergunto se não existem mais sociedades utópicas de platão a serem perseguidas e fagocitadas, bateu de repente uma tristeza, ao perceber que quanto mais escrevo e me conscientizo da atrocidade que causa essa alienação absurda, até mesmo e por que não dizer principalmente nos ``mins``.

Então me despeço para não contaminar mais o texto de melancolia, aguardando o momento em que esta preparação possa fazer-nos mudar o ambiente de alienação impotente para uma vivencia de dura mais dificil satisfação de sustentabilidade humana ; *


pra quem se perdeu muito, nas divagações o assunto foi : por que não temos uma sociedade onten todos conhecem seus direitos sem precisa lutar por eles e sim, apenas conferir quando e por quem eles estão sendo oferecidos a nós. onde o assistencialismo do advogado n precisaria existir, cada um poderia se defender se preciso fosse. e teriamos poder diante do todo, sem nuna haver supremacia.viva sinestesia!
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http://thaisk-thaisk.blogspot.com/

thais rodrigues.
Olá!
Bom, eu normalmente gosto de escrever sobre assuntos mais abstratos então não estou confiando neste texto que segue por ainda não crer na minha habilidade de lidar com frases concretas, mas ja creio que é o melhor que eu posso fazer numa quinta-feira desta manhan ociosa é iniciar uma conversa com voces.Tudo começou com a leitura do blog de uma amiga, onde existia o seguinte treixo:

``Veja, um advogado é um profissional pago para ler. Só isso, ler. Porque o mundo junta palavras e as repete, e as reproduz. Ninguém conhece os próprios direitos, ninguém é capaz de se defender perante uma autoridade, advogar é um serviço que parte do pressuposto da ignorância geral.```CAMILA ANTERO

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Bem, de inicio é bom enfatizar que eu não estou aqui pra falar de advogado ou do curso de direito, eu não vejo neles problema algum, pelo contrário, é a solução encontrada por esta estrutura social em que vivemos mas aparenta-me uma cultura assistencialista a que estamos assistindo sem contestar.
Deveria ser DEVER de todos conhecerem seus direitos, e não precisar LUTAR para que eles fossem regularmente executados, são DIREITOS e não caridade

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Reforma Política

Os visíveis problemas de ética e justiça políticas vivenciados por este país trazem à tona as imperfeições do nosso sistema democrático de governo, cujo objetivo primeiro é promover a nação através de um direcionamento dado pelo próprio povo brasileiro, através de sua participação cidadã nos diversos mecanismos políticos.
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Evidentemente, a democracia brasileira precisa ainda de muitas correções para ser capaz de atingir seu nobre objetivo. Assim, surgiu aqui a idéia de REFORMA POLÍTICA: um conjunto de propostas que visa a reforma das instituições representativas como condição necessária para a boa operação da democracia do Brasil.
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Esse pensamento intensificou-se a partir de 1993, quando o sistema e o regime de governo foram questionados no país através de um plebiscito. Desde então, diversas propostas foram postas em discussão e algumas já foram alvo de deliberações. Elas dizem respeito a:
..........** Sistema Eleitoral da Câmara dos Deputados (ex: a cláusula que dita 5% como o mínimo de votos para um partido ter representatividade na Câmara dos Deputados);
..........** Regras de Eleição para o Executivo (ex: redução do mandato presidencial);
..........** Voto obrigatório (adoção do voto facultativo);
..........** Restrição à Troca de Legenda Partidária (ex: perda do mandato para políticos que trocarem de partido);
..........** Legislação Eleitoral (ex: financiamento público das campanhas);
..........** Legislação Partidária (ex: acesso ao horário gratuito na tv e no rádio condicionado ao desempenho eleitoral do candidato);
..........** Sistema de Governo (adoção do parlamentarismo).
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Recentemente, no dia 6 de maio, a reforma política voltou à pauta de discussões do Congresso Nacional. Nesse dia, foi apresentada uma proposta com o apoio de diversos partidos - PT, PMDB, DEM, PPS e PC do B - e o aval do governo Lula. O PSDB foi a única grande legenda a não participar da elaboração do projeto condensado pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS). No entanto, desta vez só duas propostas entraram realmente em discussão: o financiamento público das campanhas eleitorais e o voto do eleitor da lista fechada (voto não em um candidato, mas em um partido, o qual possui sua relação fechada e pré-ordenada de candidatos).
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Sites indicados sobre o assunto:

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Gilmar Mendes, o paladino da justiça

Não tem muito a ver com o tema da próxima reunião, mas tenho que postar este vídeo e escrever um breve texto sobre Mendes.

No dia 22 de abril, o presidente do STF, Gilmar Mendes, sofreu talvez o maior revés de sua carreira no judiciário (clique aqui para ver o vídeo). O seu colega de trabalho (talvez nem mais colega seja), Joaquim Barbosa, deu-lhe uma surra verbal, que provavelmente já vinha sendo acumulada há algum tempo, por causa de certas nuvens negras que cercam Mendes.

Gilmar Mendes nasceu em Diamantino, MT, em 1955; foi posto no cargo de ministro do STF no governo FHC. No dia da posse, ele soltou algumas lágrimas de emoção e se disse obstinado a mudar a imagem do judiciário do Brasil. Mas parece que alguma coisa deu errado no caminho. Para começar, seu irmão, Chico Mendes (nada a ver com o idealista da Amazônia), quando prefeito de Diamantino, permitiu a flexibilização dos cargos comissionados. Resultado: mais de 800 cargos numa população de pouco mais de 20 mil pessoas. Sem contar que, ano passado, Chico Mendes perdeu as eleições para prefeito, e o prefeito eleito, do PDT, já recebeu ameaça de morte ao anunciar que pretende fazer uma auditoria das contas.

Temos mais algumas razões para essa explosão do ministro Joaquim Barbosa: Mendes concedeu, no mesmo dia, dois habeas corpus a Daniel Dantas, condenado previamente pelo juiz Fausto De Sanctis por diversos crimes financeiros. O mesmo Mendes já havia sido flagrado por jornalistas da CartaCapital adquirindo terrenos por preços 60% menores para a construção de uma faculdade de direito onde eram empregados diversos colegas de trabalho das mais diversas instâncias. O meritíssimo Gilmar Mendes também usou de sua influência para demitir o delegado Paulo Lacerda, que chefiou a PF no seu momento mais profícuo. Seu argumento foi uma reportagem da revista Veja, que acusava a PF de instalar grampos ilegais, mesmo não havendo sequer uma prova de áudio.

Pomposamente, Mendes com sua retórica impecável tem garantido seu lugar na alta sociedade. Mas se ele não vier às ruas, vai ver as ruas irem até ele.

domingo, 29 de março de 2009

Consciência coletiva

Na reunião anterior discutimos a questão do anarquismo como um meio de organização não muito viável para nossa realidade, mas que nos deixou a idéia, segundo Felipe, do "novo olhar", um veículo para futuras soluções. Ou seja, é ver o que até então não era comum de ser visto, e trazer isto para nossa realidade buscando soluções dentro de nossas possibilidades. E para isso como teremos esse "novo olhar" se somos bombardeados de informações as quais muitas vezes nos ofusca o real? O que acontece a nossa volta? E é aí que entra um dos papéis mais utilizado pelo meio de comunicação social em massa, a mídia.

A alienação que interfere no processo de formação do ser. Assim como uma rede, somos capturados como peixinhos, leigos, indefesos e fracos. O que acaba por acontecer é que se formam consciências isoladas, introspectivas e com isso o individualismo, esquecendo que consiciências diferentes tendem a enrriquecer uma consciência coletiva. Não podemos esquecer que essas diferenças levam ao debate, a dúvida, a construção social, ou seja um verdadeiro motor e muito eficaz! Quando a mídia nos manda informações reais, construtivas, nós aprendemos, nos fortificamos, e ainda mais quando estamos repletos de pessoas que também se fortificam com ela. Como ilhas juntas que formam um belo arquipélago!

Então gente, achei esses trechos em um site cuja fonte está no final, depois de lermos é bom refletirmos se é possível assimilarmos a realidade social e então criamos uma organização de consciências interligadas em busca de uma união, como a consciência coletiva, capaz de ter o "novo olhar" e uma comunicação social construtiva para que em união irmos em busca de novas soluções.

Segundo a concepção positiva de Durkheim, "sua concepção pode ser completada com a constatação das flutuações dos valores, os quais se juntam e se interpenetram depois de se terem diferenciados."
"...o mundo da cultura com seus valores que aspiram à validade só pode ser apreendido por via da consciência coletiva. Por sua vez, a apreensão por via de consciência coletiva só é possível graças ao fato de que essa consciência é capaz de se abrir, ultrapassando as suas crenças e assimilando as novas influências do ambiente social, bem como é capaz de se multiplicar no mesmo quadro social." [ Autor: Jacob (J.) Lumier
Fonte: http://jl-cogitatio.blogspot.com/2008/07/comunicao-social-e-conscincia-coletiva.html]

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Algumas reflexões

Nesses últimos dias, apesar do turbilhão das primeiras aulas da faculdade, tenho reservado um tempo para conversar com meus botões. Sempre solícitos, ouvem com atenção minhas reflexões, meus questionamentos.

A última conversa nossa se deu depois de eu ter lido numa revista uma reportagem sobre o castelo com traços medievais do deputado federal sir Edmar Moreira (DEM-MG), avaliado em 20 milhões de reais. Com 36 quartos-suítes, acidentalmente o patrimônio não havia sido declarado no imposto de renda. A vida desse parlamentar é no mínimo intrigante. No período do escândalo do mensalão, ele era vice-presidente da câmara e corregedor ao mesmo tempo. Fica a pergunta: como vice-presidente, ele deve satisfazer aos deputados, mas, como corregedor, ele deve denunciar irregularidades dos colegas: como uma pessoa pode conciliar esses dois encargos? Estão no seu histórico ainda votos de absolvição para colegas parlamentares envolvidos no mensalão, no melhor esquema "calem-se que me calo". Além disso, sir Edmar tem utilizado toda (100% mesmo) a sua verba indenizatória em serviços de segurança do seu patrimônio. Ressalto que essa verba deveria ser gasta em despesas com viagens, com transporte e com alimentação. Esse deputado também responde processo por simplesmente absorver o INSS e o FGTS de seus empregados.

Desolados, meus botões encolheram os ombros e soltaram um longo suspiro, mas já estavam listos a me ouvir de novo. Contei-lhes então do recente caso empreendido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça, uma espécie de corregedoria do judiciário) envolvendo os altos magistrados do Tribunal de Justiça do Maranhão. Os dados da investigação são estarrecedores. Apenas 10% dos funcionários fizeram algum tipo de concurso público. Todo o resto vem do nepotismo, o que nos permite dizer que esse TJ é uma verdadeira grande família. E ainda, a quantidade de funcionários é tão grande que simplesmente não há espaço físico pra tanta gente. Qual foi a genial solução? Diminuir a jornada de trabalho, de oito horas diárias para quatro horas, com cada pessoa trabalhando apenas três dias dos cinco úteis. No relatório sobre esse tribunal consta ainda o deslocamento de 144 policiais militares que saíram das ruas para fazer a guarda das residências de alguns meritíssimos juízes e promotores.

É, tudo isso acontecendo bem debaixo do nosso nariz, a um palmo dos nossos olhos. O Estado, que por bem deveria nos trazer o bem, tem-nos sugado vorazmente as riquezas, os valores. Daí surge o principal questionamento nosso: até que ponto a presença do Estado é sustentável? Acho que entendo o ideal anarquista no tocante a esse ponto. É definitivamente frustrante o nariz de palhaço que nos é imposto. Mas nutro muita simpatia por nosso grupo, e tenho muita esperança nele. Acho que podemos nos desvencilhar dessas correntes que sempre nos puxaram os pés, que sempre nos acorrentaram as mãos e nos amordaçaram a boca. Afinal, temos a chave pra isso.

Felipe Duque

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ONU: O faz de conta.

Era uma vez... Uma organização chamada Nações Unidas criada em 1945, logo após a II Guerra Mundial. A ONU tinha como objetivo principal de manter a paz, a segurança internacional e desenvolver cooperação entre os países, na busca de soluções dos problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários... É uma pena que essa historinha só ficou no papel.
Conflitos e mais conflitos surgiram após sua criação e acabaram sem soluções reais. E em 1994, a ONU mostra ao mundo sua incompetência diante do genocídio em Ruanda, quase 1 milhão de pessoas foram assassinadas em menos de 4 meses. Mortes que poderiam ser evitadas se o papel da ONU fosse real.
Mas o que torna essa organização um faz de conta? Na verdade, a ONU é bem real, mas somente para algumas situações, principalmente aquelas que envolvem interesse dos EUA (Não é à toa, que a sede da ONU fica em território americano).
Em países como os da África, onde se há pouco em que o governo americano possa explorar. Esses são privados dos serviços da ONU ou tem uma mísera ajuda. E assim, populações são deixadas a mercê de constantes guerras civis, a fome e a miséria.
Depois de 15 anos do episódio de Ruanda, a ONU “venda seus olhos” para novos conflitos como o genocídio silencioso de Darfur. A ajuda proporcionada pelos ‘soldados azuis’ ( soldados da ONU) é insuficiente para proteger a população, mas é numero bastante para impor a atuação dos EUA no Sudão, já que o território é riquíssimo em petróleo.
Com um histórico de 65 anos de atuação da ONU, marcado por tantos fracassos, será possível criar esperança por um final feliz para esse faz de conta?


Dicas: Se vocês quiserem se informar mais sobre o horror que aconteceu em Ruanda e a falta de ação da ONU, vejam o documentário: Os fantasmas de Ruanda( The Ghosts of Rwanda) Não é um documentario facil de locar, então sugiro baixa-lo.
E filme tem o 'Hotel Ruanda', um filme muito bom que conta a história verídica e emocionante que se deu durante o genocido em Ruanda.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Fórum Social Mundial

Olá a Tod@s,
Conforme combinado na última reunião, o encontro de amanhã será ministrado por mim. E para que todos possam ter uma noção prévia do tema a ser tradado, segue o link do FSM. Neste site, vocês poderão encontrar diversas informações sobre o Fórum.
http://www.fsm2009amazonia.org.br/o-que-e-o-fsm
Abraços e Beijos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Economia sem economês

Blog a todo vapor com suas válvulas voltando ao trabalho; voltemos também ao nosso. Pra começar o novo ano, vou tentar desmistificar alguns aspectos básicos da economia, que muitas vezes é olhada de soslaio pelos jovens.

Primeiramente, a economia sempre esteve presente na humanidade, muito antes de se tornar matéria de estudo. Sua principal função é servir o homem, de modo a acelerar o seu desenvolvimento; é, logo, um meio para nosso bem-estar, e nunca deve fugir a essa prerrogativa.

A vida do homem é indissociável de duas esferas: a natureza humana e a natureza biológica. A economia ora se permuta nas fronteiras, ora está inclusa em uma ou nas duas esferas. A partir do momento em que a economia passa a englobar esses dois conjuntos, há um desequilíbrio e as coisas começam a ficar insustentáveis. Mas falemos mais da economia em si.

Como todas as ciências, ela deve ser analisada de acordo com as circunstâncias. Por exemplo: ao se jogar um elefante do alto de uma torre, a resistência do ar é desprezível; logo, pra se calcular o tempo de queda, o ar não existe. Mas se jogarmos uma pena, veremos que o atrito com o ar é muito presente, não podendo ser ignorado. Assim também é na economia: sempre há um fator que se projeta mais que os demais. Essa filosofia é fundamental pra análise de toda movimentação financeira.

Agora, vamos nos familiarizar com alguns termos da economia.

  • Inflação: a inflação, como todos nós sabemos, é o aumento generalizado dos preços dos produtos ao consumidor. Mas é importante ressaltarmos suas principais causas. Uma das mais comuns, principalmente nos países pobres dependentes da tecnologia estrangeira, é a inflação causada pela desvalorização da moeda local. Já que muitos produtos desses países são importados, quando a moeda local se desvaloriza, a moeda do país que vendeu esse produto é valorizada, tornando essa mercadoria mais cara. Essa desvalorização tem suas causas também, mas outra hora cabe explicar. Outra causa pra alta dos preços é o aumento exagerado do consumo ou a bruta desaceleração da produção. Quando isso ocorre, a procura pelos produtos aumenta muito, ou a oferta diminui. Aumentando-se a procura ou diminuindo-se a oferta, sobem os preços. Para balancear esses pesos, utiliza-se principalmente a variação na taxa de juros.

  • Juros:Determinados pelo Banco Central do país, os juros são, entre outras coisas, a taxa de cobrança do Estado aos bancos que tomam emprestado do Estado para repassar à população. Os juros são a principal arma para se controlar a inflação. Leiam devagar e procurem entender todo o raciocínio. Ao se elevar a taxa de juros, os bancos têm mais dificuldades de pedir emprestado ao Estado; logo, a população não tem fácil acesso ao empréstimo (crédito), o que diminui a quantidade bruta de dinheiro em circulação. Com a diminuição da quantidade de moeda (que é uma mercadora como qualquer outra), ela tende a valer mais (menos oferta, maior o valor), e, com isso, os preços dos produtos tendem a cair. Vale ressaltar que, nesse caso, a inflação cedeu sobre uma diminuição no consumo, o que, de certa forma, atrasa um desenvolvimento a curto prazo. No caminho inverso, caso a inflação esteja sob controle e se deseje incentivar o consumo, os juros são abaixados para aumentar a circulação de dinheiro, proporcionando mais investimentos etc etc.

  • Especulação:No mundo capitalista, a especulação financeira é, basicamente, o ato de injetar capital numa determinada instituição ou empresa, esperando que esse dinheiro possa render nas ações dessa empresa. Com a explosão da crise econômica, os olhares todos se voltaram à especulação, que se tornou a principal culpada por todo esse desmoronamento. Vamos ligar as pontas dos fios. Desde a segunda metade da década de 90, o setor imobiliário dos EUA era o ramo da economia que mais crescia, estava em franca ascensão, por causa da política de equilíbrio das contas internas buscada por Clinton, utilizando baixos juros. Então, muitas empresas resolveram investir (especular) nesse setor, já que seu rendimento era considerado certo e infinito. Com isso, as empresas que receberam essa injeção de capitais dos fundos de pensão ("bancos" de grandes empresas com fundos para especulação), começaram a se animar com tanto dinheiro que recebiam. Aí é que as coisas começaram a desandar. Esse monte de dinheiro também trazia algumas responsabilidades aos devedores. Por exemplo, os credores exigiam lucros altíssimos, para que o dinheiro investido rendesse bem. Assim, os devedores abaixaram excessivamente os juros de compra/aluguel de residências e diminuíram a fiscalização, facilitando o acesso a esse financiamento. Os consumidores, percebendo isso, tiveram a idéia de usar esse fácil crédito para outras finalidades, como pagar dívidas, fazer compras etc, etc. Depois de um tempo nesse mar de flores, surgiu a inadimplência no setor imobiliário. Junto a ela, os capitais especulativos que tão rápido chegaram, igualmente rápido saíram, desvalorizados, deixando as imobiliárias a ver navios. Havia sido feito todo um planejamento com o dinheiro que estava chegando ininterruptamente, e, de repente, esse dinheiro foi embora. Tá aí o problema que a gente enfrenta. É absurda a quantidade de empresas que se dedicaram à especulação imobiliária. Até mesmo bancos comerciais, montadoras de veículos e empresas do meio cinematográfico se envolveram com isso. Atualmente, discutem-se meios para controlar a especulação, mas noutro post eu comento sobre isso. Vale ressaltar que as imobiliárias se tornaram refém do capital. Esse fenômeno é comum com a "nova economia", a economia informatizada. Muitas vezes, empresas providenciam demissões em massa para satisfazer os investidores, que precisam que a empresa reduza seus custos para que os lucros aumentem. Por isso, a questão da especulação deve ser vista com muita cautela, e requer, acima de tudo, soluções efetivas para que não fiquemos à mercê de investidores.

Enfim, a economia tem muito mais detalhes, muito mais termos, sem falar nos conflitos ideológicos que não cabem aqui. Mas sabendo dessas coisas que citei, já dá pra entender um bocado do que se vê nos noticiários.