"A partir do ano que vem, pela primeira vez na rede estadual de ensino, todos os alunos irão receber fardamento e material escolar. Os estudantes da educação infantil, ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos vão ganhar mochilas, duas camisas, caderno, lápis, borracha e outros utensílios escolares. Além disso, 45 mil bancas escolares novas vão chegar aos colégios." (C4, Diário de Pernambuco, Recife, 15 de dezembro de 2007)
Pode até parecer uma notícia boa, mas é deprimente! Como é que em todos esses anos, com tantos governos, projetos votados e dinheiro que já passou pelos cofres estaduais, não houve antes a iniciativa de fornecer os instrumentos básicos de aprendizagem aos alunos de escolas estaduais?
Se esses recursos só foram disponibilizados agora, o incentivo à aprendizagem, a qualificação de professores e a melhoria na infra-estrutura e segurança das escolas vão ser efetivados quando?
Já houve tempos em que as escolas públicas eram de qualidade e não deixavam a desejar quanto ao ensino e à estruturação. Porém, hoje em dia, a situação é bem diferente. O descaso governamental com a educação, tanto no âmbito municipal e federal, quanto no estadual, como a própria notícia fala, é notório.
Não é à toa que as disparidades entre escolas públicas e particulares são enormes! E mais do que isso, a escolha entre elas pode significar a aprendizagem ou ignorânica da cidadania pelo indivíduo. Além de sua inserção ou exclusão do mercado de trabalho, já que, na era da tecnologia e da modernização, os salários são amplamente condicionados pelo nível de escolaridade.
E quem tem mais chances de passar no vestibular de uma boa universidade? Certamente aquele que, desde pequeno, freqüentou um ambiente escolar decente, digno de tal título, teve professores qualificados e recebeu incentivos educacionais dos pais, da escola e do próprio meio social em que se inseria. Infelizmente, esse aluno tende imensamente a ser apenas da escola particular, hoje em dia.
É lógico que as exceções existem e são surpreendentes, como o caso dos “meninos prodígios” de Quixaba, interior de PE, alunos de escola pública que conseguiram resultados brilhantes na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Matemática. Porém, se nosso governo (não apenas o atual, como todos os anteriores, visto que a notícia afirma ser a PRIMEIRA VEZ em que os utensílios escolares serão disponibilizados) realmente fosse “do povo”, como se denomina (democracia), vitórias como as desses meninos seriam uma constante. E a desigualdade social no Brasil seria reduzida praticamente a questões culturais, como a valorização de determinadas profissões em detrimento de outras.
Resta-nos esperar e cobrar do governo estadual que, aproveitando esse momento de lucidez e caridade, também efetue as tantas outras mudanças que a escola estadual precisa para qualificar seus alunos como autênticos cidadãos, com chances de entrar bem no mercado de trabalho e participar conscientemente da vida política nacional.
Enquanto isso não acontece, tomara que os meninos de Quixaba contagiem o maior número de colegas possível!
Pode até parecer uma notícia boa, mas é deprimente! Como é que em todos esses anos, com tantos governos, projetos votados e dinheiro que já passou pelos cofres estaduais, não houve antes a iniciativa de fornecer os instrumentos básicos de aprendizagem aos alunos de escolas estaduais?
Se esses recursos só foram disponibilizados agora, o incentivo à aprendizagem, a qualificação de professores e a melhoria na infra-estrutura e segurança das escolas vão ser efetivados quando?
Já houve tempos em que as escolas públicas eram de qualidade e não deixavam a desejar quanto ao ensino e à estruturação. Porém, hoje em dia, a situação é bem diferente. O descaso governamental com a educação, tanto no âmbito municipal e federal, quanto no estadual, como a própria notícia fala, é notório.
Não é à toa que as disparidades entre escolas públicas e particulares são enormes! E mais do que isso, a escolha entre elas pode significar a aprendizagem ou ignorânica da cidadania pelo indivíduo. Além de sua inserção ou exclusão do mercado de trabalho, já que, na era da tecnologia e da modernização, os salários são amplamente condicionados pelo nível de escolaridade.
E quem tem mais chances de passar no vestibular de uma boa universidade? Certamente aquele que, desde pequeno, freqüentou um ambiente escolar decente, digno de tal título, teve professores qualificados e recebeu incentivos educacionais dos pais, da escola e do próprio meio social em que se inseria. Infelizmente, esse aluno tende imensamente a ser apenas da escola particular, hoje em dia.
É lógico que as exceções existem e são surpreendentes, como o caso dos “meninos prodígios” de Quixaba, interior de PE, alunos de escola pública que conseguiram resultados brilhantes na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Matemática. Porém, se nosso governo (não apenas o atual, como todos os anteriores, visto que a notícia afirma ser a PRIMEIRA VEZ em que os utensílios escolares serão disponibilizados) realmente fosse “do povo”, como se denomina (democracia), vitórias como as desses meninos seriam uma constante. E a desigualdade social no Brasil seria reduzida praticamente a questões culturais, como a valorização de determinadas profissões em detrimento de outras.
Resta-nos esperar e cobrar do governo estadual que, aproveitando esse momento de lucidez e caridade, também efetue as tantas outras mudanças que a escola estadual precisa para qualificar seus alunos como autênticos cidadãos, com chances de entrar bem no mercado de trabalho e participar conscientemente da vida política nacional.
Enquanto isso não acontece, tomara que os meninos de Quixaba contagiem o maior número de colegas possível!
3 comentários:
Só espero que o melhoramento da qualidade do ensino publico não demore tanto quanto aos materias escolares!
Pois acho que todos estão cansados de esperar... já estamos tão atrasados! Não podemos mais perder mais tempo.É uma pena que poucos se importam...
Bem.. o problema da educação é so 5% de culpa da infra estrutura..
o preparo do metodo é o principal probema (fator que contribui para alunos despreparados).
Outra coisa q poderia ser analisada é a vontade de estudar dos alunos(da rede pública ou privadada)..
Vcs já reparam q mesmo em colégios conceituados a maior parte da turma n leva a sério os estudos? Ou seja, n basta só ter uma excelente infra-estrutura e professores de ponta é preciso q se tenha também a vontade q esses meninos tiveram, pq conhecimento n se adquire por osmose!
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