Nos últimos meses, estão em alta na mídia dicussões sobre a crise financeira norte-americana que terminou por afetar as bolsas de valores de todo o mundo. Oscilações em tais instituições, bem como na moeda americana (o dólar), são acompanhadas com receio. E o desaquecimento econômico da nação de maior PIB do mundo torna-se tão evidente quanto o medo que tal fato causa a diversos países.
A repercussão da crise sobre o Brasil ainda divide os economistas. Uns apontam o país como desprotegido externamente, graças a sua dependência do crédito e incapacidade de levar adiante um desenvolvimento "auto-sustentável". Outros alegam que o acúmulo de reservas cambiais (quantidade de dólares que um país tem, a fim de ter como saldar compromissos no exterior) e a inflação controlada diminuiriam os efeitos negativos. Assim também, dependendo do ponto de vista, a baixa do dólar traz conseqüências positivas ou negativas para o Brasil.
O que vocês acham?
OBS: Para entender o início desse desarranjo na economia mundial...
[Trechos de uma reportagem da Globo.com - 26/07/2007]
O abalo nas bolsas de valores de todo o mundo tem origem no mercado imobiliário dos EUA: os americanos estão atrasando ou deixando de pagar a hipoteca da casa própria.
O problema é especialmente grave no grupo "subprime", reservado para os clientes que são considerados "propensos à inadimplência" por não terem renda comprovada ou por comprometerem grande parte dela com as prestações. Por isso, esses clientes pagam juros mais altos, que podem chegar a 12% .
Nas últimas décadas, a classe média norte-americana hipotecou em massa seus imóveis. Como funciona: empresas especializadas dão empréstimos e tomam as casas como garantia.
Houve não só um movimento de hipoteca, mas também de refinanciamento dos imóveis. Como os juros estavam baixos nos EUA, muita gente trocou de financiamento, recebendo dinheiro na troca.
O problema, segundo especialistas, é que esse "troco" não foi investido de volta nas residências, mas usado para comprar bens não-duráveis no mercado de consumo ou para saldar dívidas. Ou seja: muita gente refinanciou o imóvel para pagar o cartão de crédito.
Por isso, o aumento da inadimplência - que já gira em torno de 5% nos financiamentos imobiliários dos EUA - deve gerar o fechamento da torneira dos empréstimos no país.
E é justamente aí que mora o perigo: sem casa, poupança ou acesso a crédito, as famílias americanas podem deixar de comprar, afetando a economia local e também a do resto do mundo.
Nas últimas décadas, a classe média norte-americana hipotecou em massa seus imóveis. Como funciona: empresas especializadas dão empréstimos e tomam as casas como garantia.
Houve não só um movimento de hipoteca, mas também de refinanciamento dos imóveis. Como os juros estavam baixos nos EUA, muita gente trocou de financiamento, recebendo dinheiro na troca.
O problema, segundo especialistas, é que esse "troco" não foi investido de volta nas residências, mas usado para comprar bens não-duráveis no mercado de consumo ou para saldar dívidas. Ou seja: muita gente refinanciou o imóvel para pagar o cartão de crédito.
Por isso, o aumento da inadimplência - que já gira em torno de 5% nos financiamentos imobiliários dos EUA - deve gerar o fechamento da torneira dos empréstimos no país.
E é justamente aí que mora o perigo: sem casa, poupança ou acesso a crédito, as famílias americanas podem deixar de comprar, afetando a economia local e também a do resto do mundo.